terça-feira, 6 de julho de 2010

Conhecendo Ághata

A jovem Marcela, também conhecida como Ághata no meio místico, é uma jovem bruxa que reside na cidade de Matão, em São Paulo e compartilha conosco um pouco de suas experiências iniciais pelo mundo da magia. Saiba um pouco sobre Ághata na entrevista a seguir, feita pela correspondente Ana Regina (Jornal O Bruxo - Paraná).


Jornal o Bruxo: Como e quando foi seu primeiro contato com o mundo da magia?
Sempre tive meu lado místico de ser, tenho até a impressão de que já fui bruxa em vidas passadas, quando criança ficava horas admirando a Lua, tentando entender o que escondia por trás de tanta beleza, e quando eu assistia desenhos de bruxinhas ou até mesmo em filmes de terror, eu ficava fascinada por elas, os filmes de magos eu até chorava, achava lindo. Atualmente já busquei por mais aprofundamentos nos estudos "wicca" e suas origens. Foi nesse mundo virtual (que também é cultura!) que vi as primeiras informações sobre os wiccans, desde então me apaixonei a tal ponto de hoje estudar cada dia mais.

Jornal o Bruxo: O que chamou mais sua atenção e foi determinante para que seguisse esse caminho?
Tudo me chamou atenção, desde quando conheci o mundo pagão, logo senti que era o meu lugar. Foi como um imã me atraindo. O verdadeiro chamado da Deusa-Mãe. Minha mediunidade é bastante centrada, para mim é muito fácil perceber e sentir certas energias.

Jornal o Bruxo: Quais as principais dificuldades que você encontrou quando começou seus estudos? E atualmente, quais são essas dificuldades?
A maior dificuldade foi em relação aos estudos. Minha família ainda não sabe que sou uma Wiccan. Para ler alguma matéria sobre o tema, por exemplo, sempre tenho que tomar um pouco de cuidado. Acho que eles ainda não estão preparados para essa notícia, mas vai chegar a hora certa disso acontecer. Às vezes as dificuldades são pela questão de tempo para estudar e de aprofundar mais, isso vou tirando de letra conforme os dias. Dificuldade das pessoas lá fora em entender o que é ser uma Wiccan, muitos nunca nem sequer ouviram falar nesse nome, fato que complica para falar sobre esse assunto logo de cara, já que o preconceito ainda é grande.

Jornal o Bruxo: Como é ser pagã em uma cidade como Matão? As pessoas ainda tem muito preconceito?
Atualmente hoje em Matão são poucos os Wiccans que assumem e revelam suas crenças. Ser uma Wiccan em minha cidade, digamos que é uma tarefa um tanto complicada, o preconceito está em toda parte, entre as pessoas. Fazer os leigos entenderem que ser pagã não é um bicho de sete cabeças ainda é muito complicado. Muitos tem medo até de revelarem que são pagãs devido aos preconceitos que ainda existem na sociedade.

Jornal o Bruxo: Na sua cidade ocorrem encontros pagãos? Existe algum grupo ou atividade relacionada ao paganismo na Cidade?
Dentro de Matão não, mas em Araraquara (uma cidade que fica muito perto) tem um grupo que se reúne para os estudos e atividades, nesses encontros costumam ir bruxos de toda a região.

Jornal o Bruxo: Como bruxa solitária, quais são as vantagens e desvantagens?
Eu vejo que a vantagem que você assume um compromisso consigo mesmo. Leio e estudo durante o tempo que me sobra, quando se trata de coven é mais complicado pela questão da disponibilidade de tempo, datas e horas.

Jornal o Bruxo: Como você acha que os tabus e preconceitos em relação a bruxaria podem ser superados?
O ser humano ainda precisa evoluir muito, criticar sem conhecimento é uma falha muito grande. Creio que somente quando as pessoas passarem a conhecer o que realmente é a bruxaria (suas origens, como são os ritos, nossas divindades, no que acreditamos) o preconceito começará a sucumbir. Como dizia Voltairie:
"O preconceito é uma opinião não submetida a razão."

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